segunda-feira, 31 de maio de 2010

Mais um pouco de história...


Quase todas as minhas poesias ou músicas foram inspiradas por um amor, uma paixão, ou coisa parecida, que eu estivesse vivendo na época. "Velha Amizade" foi feita quando minha primeira namorada terminou comigo. Acho que dá pra ver a quantidade de "carga negativa" presente nessa música, né? Na poesia "O Abutre e o Sol Negro", eu fiz uma alusão ao momento em que uma ex-namorada, neta de japoneses, deitada sobre mim, me dava um beijo. Seus longos cabelos, lisos e negros, formavam como que raios em volta de seu rosto, e eu (o abutre... rsrsrs) era engolido por esses raios. Entretanto, a poesia "Um Universo", apesar de fazer alusão a uma mulher que eu iria amar, não foi inspirada por ninguém em particular. Na época, eu tinha uma paixonite por uma amiga da igreja que eu frequentava, mas a inspiração de "Um Universo" era uma mistura de todas as garotas das quais eu tive a honra de me apaixonar até o momento. Havia um pouco de Lúcia Helena, Patrícia, Carminha, Márcia, Jane e Vera, e haveria lugar para todas as outras que deixaram sua marca em meu coração. Falando assim, até parece que eu era um "pegador" de primeira linha... Quem dera! Devo lembrar que quase todas as minhas "musas" eram paixões platônicas. E esse "universo" de mulher na verdade estava e sempre esteve na minha cabeça e no meu coração. O que restava pra mim era deixar de me apaixonar por uma ilusão, uma construção da minha mente, e passar a amar uma mulher de verdade, real, carne e osso, com seus defeitos e suas qualidades. And I'm working on it... hehehe...

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Um Universo

UM UNIVERSO
(por Alexandre Machado em Agosto de 1983)



















A mulher que eu vou amar
Será aquela sem defeitos
Que possa gabar-se de qualidades
Que não tenha em seu peito.
Será uma fina dama
Com mesclas de meretriz
Que possa dizer-se alegre
Quando se encontra infeliz.
Será um pouco arredia
Em meio a um falso pudor
E vai se despir com coragem
Se for por motivo de amor.
A mulher que eu vou amar
Será uma flor, um veneno
Um vício, uma aventura
Um sonho na noite... sereno.
Terá nos olhos o pranto
Na boca, um lindo sorriso
Será meu mais doce recanto
Meu céu, meu mar... paraíso!
Manchada de negro na alma
E a pele de branco manchada
A mulher que eu vou amar
Será um tudo, um nada.
Será demais feminina
Suave será como a noite
Em uma das mãos, o carinho
Enquanto na outra, o açoite.
Não me dará atenção
Quando dela eu precisar
Mas vai ler meu pensamento
Vai ser como meu par.
Dirá para mim que sou forte
Apesar de minha fraqueza
Terá o poder da alegria
E o segredo da pura beleza.
A mulher que eu vou amar
Será uma louca, uma insana
Que toma meu corpo inerte
E beija e mata e esgana
E espera... pausa... se cansa
Recupera sua energia
Me abraça como criança
Me nina ao raiar do dia.
Terá o sol como pai
Sua mãe, a dourada lua
Mansa, vira pro meu lado
Vestida num manto de nua.
Estando ao lado dela
Eu vou me sentir muito bem
A mulher que eu vou amar
Vai amar a mim também.

A mulher que eu vou amar
Vai ser o que ela quiser.
A mulher que eu vou amar
Vai ser apenas... Mulher!

terça-feira, 4 de maio de 2010

Enigma

ENIGMA
(Alexandre Machado)













Fogos
Magia
Fim do dia
Cheiro de noite
que se aproxima
Seus olhos brilham
Enigma

Você se aproxima
como a noite
Me beija
como a brisa
Diz que me ama
Madrugada
Me incendeia
como um raio
Me abandona
Some
Como a noite

Que some na manhã...