quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Rosa Negra



Este quase-acróstico foi feito pra uma garota da minha escola, quando eu estudava no Colégio Padre Butinhá. Certo dia, ela me disse, conversando sobre o Vinícius de Moraes, que o poeta era o branco mais preto que havia no Brasil. Patrícia não era negra, mas, depois daquela conversa, minha imaginação muito fértil transferiu para ela o status de "a branquinha mais negra" que eu conhecia. Nem preciso dizer que, naquela época, ela era minha paixão, né?! Mais do que apaixonado, talvez... Foi por causa dela e de toda a influência que ela teve sobre o meu coração, que eu aprendi a gostar da bossa nova, do samba, do Vinícius, do Chico Buarque, do Caetano, MPB, de música boa, de dança, poesia, da arte em geral. Por causa dela, passei dias e noites escrevendo poemas, naquele final de ano em 1980. Pouco mais tarde, eu já estudando no CEFET e tão volúvel como a água do meu signo Escorpião, acabei "esquecendo" a Patrícia, mas não o suficiente para tirar dela o posto de melhor musa que eu já tive. E foi por essa consciência de ser escravo daquele amor já passado, por uma menina "branca na pele, mas negra na alma", que eu escrevi "Rosa Negra", que apesar de simples, tem um significado muito grande pra mim.

2 comentários:

  1. Prezado Alexandre:
    Muito bonita a tua Rosa Negra.
    Impressões da meninice as quais também conheço bem.
    Igualmente, notável a tua técnica de "quase-acróstico".
    É na simplicidade que se encontra o fundamental.
    Um grande abraço
    LUTANO

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  2. Lutano, já tinha lido seu comentário, mas por diversos motivos deixei abandonado meu blog e, em consequência, acabei não te respondendo. Muuuito obrigado pelas suas palavras e espero que eu possa ter a honra de sua visita em algum novo post (em breve)...
    Abração!

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